domingo, 29 de março de 2009

Oficina Democracia, Jurisdição e Cinema

A preocupação em aproximar as ciências sociais, de um modo geral, e o direito em específico, de uma metodologia mais apropriada ao seu objeto de estudo exige que se mantenha atento à realidade. Desse modo, nada melhor do que sensibilizar, através dos ‘olhos do cinema’, os discentes embrutecidos pela metodologia tradicional do ensino jurídico realizado em quatro paredes com folhas de manuais e quadros com giz apáticos - sem ação. É necessário ir à vida sendo testemunha dos fatos sociais!
Em sendo a realidade nada mais do que as perspectivas singularizadas, útil e promissor pode ser o uso dos filmes, responsáveis por uma leitura, a qual, apesar de também estar submetida às interpretações individuais, publiciza e coletiviza algumas noções e críticas acerca da convivência e do contexto humano.
O cinema, portanto, aparece como instrumento capaz de fazer emergir a contraposição entre duas realidades: a realidade dos ‘perfumes’ e a das ‘perfumarias’, em analogia ao filme Perfume. Por um lado, há a realidade da contemporaneidade, no sentido de humana, complexa e contingente (composta por odores/perfumes de todas as espécies) e, por outro, a realidade fictícia e muitas vezes utópica da modernidade, caracterizada sobremodo pelo mundo das idéias platônico e por todo o conjunto de metafísicas que lhe seguiu (perfumaria) e que influíram e continuam influindo na conformação dos modelos democráticos e jurisdicionais.
Com efeito, o presente projeto busca discutir a remodelação do ensino do direito através de obras cinematográficas, utilizando-as enquanto recursos pedagógicos para a percepção da questão democrática, do humano/desumano e da jurisdição, questões estas que, também, necessariamente acabarão por serem objeto de remodelagem.
Acesse o projeto completo da oficina:

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